terça-feira, setembro 10, 2024

Rei Salomão - Tudo que você queria saber

 


Rei Salomão


O Rei Salomão é uma figura central na espiritualidade, especialmente nas tradições judaica, cristã e islâmica, sendo lembrado principalmente por sua sabedoria extraordinária, suas decisões judiciais justas e sua relação íntima com Deus.


Sabedoria e Espiritualidade

A sabedoria de Salomão é um dos aspectos mais celebrados de seu legado espiritual. Ele recebeu um dom divino de discernimento e julgamento, o que lhe permitiu resolver disputas complexas e guiar seu povo com justiça e prudência. Um dos casos mais emblemáticos de sua sabedoria foi a disputa entre duas mulheres que reivindicavam a maternidade de um bebê. A solução criativa e sensível de Salomão revelou sua profunda compreensão da natureza humana e sua habilidade de discernir a verdade em situações difíceis.


Aliança com Deus e o Templo Sagrado

Espiritualmente, Salomão desempenhou um papel crucial na construção do Templo de Jerusalém, que se tornou o centro do culto a Deus e um símbolo da aliança entre Deus e o povo de Israel. Esse templo não só representava a morada de Deus entre os homens, mas também servia como um local de sacrifício e comunhão espiritual. Sua construção foi vista como o cumprimento da promessa divina feita a seu pai, o Rei Davi.


Livros de Sabedoria

Além disso, Salomão é creditado pela autoria de textos bíblicos importantes, como o Livro dos Provérbios, o Eclesiastes e o Cântico dos Cânticos. Esses escritos são ricos em ensinamentos morais e espirituais, oferecendo conselhos sobre sabedoria, prudência e reverência a Deus. A espiritualidade salomônica enfatiza a busca pelo conhecimento divino como um caminho para a prosperidade e a paz interior.


A Rainha de Sabah

A relação entre o Rei Salomão e a Rainha de Sabá (ou Sheba) é uma das histórias mais intrigantes de seu reinado, e tem sido interpretada de diversas maneiras no contexto espiritual e histórico. A Rainha de Sabá, movida pela fama da sabedoria e riqueza de Salomão, viajou de seu reino (possivelmente localizado no atual Iêmen ou Etiópia) até Jerusalém para testar sua sabedoria com enigmas e questões complexas.



Teste de Sabedoria

A visita da Rainha de Sabá é descrita nas Escrituras como uma ocasião em que Salomão demonstrou sua sabedoria incomparável. A rainha, impressionada com suas respostas e o esplendor de sua corte, reconheceu a sabedoria divina que guiava Salomão. Essa interação reforçou a reputação do rei como um líder guiado por Deus e um exemplo de sabedoria espiritual. A Rainha de Sabá, após ser convencida da superioridade da sabedoria de Salomão, abençoou-o e reconheceu a grandeza de seu Deus.


Influência Espiritual e Diplomática

Essa relação teve um impacto significativo tanto no nível espiritual quanto no político. Ao reconhecer a sabedoria divina de Salomão, a Rainha de Sabá contribuiu para fortalecer a posição de Israel como uma nação abençoada por Deus, reforçando também a ideia de que a sabedoria de Salomão transcendia as fronteiras de Israel, atingindo outras nações. A visita também foi importante para a diplomacia entre os reinos, estabelecendo um elo de respeito mútuo que beneficiou ambos os povos.


Impacto Cultural e Espiritual

Algumas tradições, especialmente na Etiópia, acreditam que o encontro entre Salomão e a Rainha de Sabá resultou no nascimento de um filho, Menelik I, que se tornaria o primeiro imperador da dinastia etíope. Essa crença alimenta uma rica tradição espiritual em que a linhagem de Salomão está associada diretamente à monarquia etíope e ao surgimento do Judaísmo etíope, um legado que se mantém espiritualmente significativo até hoje.

Portanto, a relação entre Salomão e a Rainha de Sabá não só demonstra a sabedoria espiritual do rei, mas também sua influência diplomática e cultural, que ecoou por gerações.

A história entre o Rei Salomão e a Rainha de Sabá (ou Sheba) não menciona explicitamente um envolvimento amoroso nos textos bíblicos. No Primeiro Livro dos Reis (10:1-13) e no Segundo Livro das Crônicas (9:1-12), o encontro entre eles é descrito de forma formal, com a rainha visitando Salomão para testar sua sabedoria e discutir questões políticas e comerciais. O texto destaca o reconhecimento mútuo de sabedoria e a troca de presentes, mas não sugere uma relação romântica.

No entanto, em tradições extracanonicais e folclóricas, há referências a um possível envolvimento amoroso entre eles. Por exemplo, o Kebra Nagast, um texto sagrado etíope, menciona que Salomão e a Rainha de Sabá tiveram um filho chamado Menelik I, considerado o fundador da dinastia etíope. Essa tradição tem grande importância espiritual na Etiópia, onde se acredita que Menelik trouxe a Arca da Aliança para o país

Muitas fontes apócrifas ( texto ou documento que não é considerado autêntico, pois é de origem duvidosa ou suspeita) apontam que o envolvimento do Rei Salomão e a Rainha de Sabah foi muito mais amoroso do que se pensa e para ela, ele teria escrito vários textos que integram a bíblia “ Cantares de Salomão/ou/Cânticos de Salomão*, cujos versos sugerem mais que um contato de negócios entre nações. Veja abaixo um exemplo:

Cantares 1:13

“ O meu amado é para mim como um ramalhete de mirra, posto entre os meus seios. Como um ramalhete de hena nas vinhas de En-Gedi, é para mim o meu amado. Eis que és formosa, ó meu amor, eis que és formosa; os teus olhos são como os das pombas. Eis que és formoso, ó amado meu, e também amável; o nosso leito é verde...”


Cântico de Salomão 8:6-7


“Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço; porque o amor é tão forte como a morte… Mesmo muitas águas não são capazes de extinguir o amor, nem podem os próprios rios levá-lo de enxurrada.”



Salomão nos Cultos Religiosos do Brasil

A influência do rei Salomão nos cultos religiosos brasileiros, como o Catimbó/Jurema e o Santo Daime, está ligada principalmente às tradições espirituais e ao sincretismo religioso.


No Catimbó/Jurema, Salomão é visto como uma figura mítica, associada ao conhecimento de plantas, ao uso de rituais para o bem e ao controle de entidades espirituais. As tradições indígenas que formaram a base desse culto foram misturadas com elementos católicos e africanos ao longo do tempo. Mestres espirituais, como Zé Pilintra, às vezes são relacionados a figuras de sabedoria e poder, como Salomão, que personificava a habilidade de lidar com energias espirituais e com o oculto. A Jurema, uma árvore sagrada no culto, é reverenciada por suas propriedades psicoativas, que auxiliam no contato com o mundo espiritual, evocando sabedoria semelhante à de Salomão em seu papel de mediador entre o divino e o humano.


No Santo Daime, a figura de Salomão aparece como a ideia de sabedoria espiritual profunda e conexão com o divino, que Salomão simboliza, e ressoa com as práticas ayahuasqueiras. O uso da bebida ayahuasca promove estados de consciência elevados que, assim como no Catimbó, visam proporcionar cura, revelações e um entendimento maior do universo espiritual, algo que remete ao mito de Salomão e seu conhecimento secreto e espiritual.


Assim, Salomão é um símbolo de sabedoria, poder e domínio espiritual que influencia de maneira indireta essas tradições religiosas brasileiras, refletindo sua busca por harmonia entre o sagrado e o profano.


((()))

O Reino das Palavras e Rei Salomão

Um dos estudos da Casa dos Avós aponta que quando atravessamos do Reino das Palavras (Espadas/Ar) para o Reino do Sentir (Copas/Água), passamos por um Reino que vai além do conhecimento, em que bebemos da Sabedoria como se ela fosse uma Entidade Viva que alimenta aqueles que buscam se conhecer e servir o seu saber.

Essa Entidade Viva da Sabedoria, se apresenta também como Rei Salomão, cuja Coroa do Saber é o puro Matnis que não se esquece ou se distorce. O Rei de Espadas.

Essa entidade também se apresenta como Rainha de Sabáh, a Rainha de Espadas, cuja face feminina da sabedoria nos ensina a ter paciência para compreender que não conseguimos entender a sabedoria, mas apenas sentir, por  lá, mas no Reino das Palavras, aqui no mundo de Malkhut (esfera da Árvore da vida que representa esse mundo dual e concreto), podemos acessar essa sabedoria de Salomão e Sabáh, ao aprendermos a Saber Doar o que aprendemos.


segunda-feira, julho 29, 2024

Aguenta o Pimenta

Aguenta, Chegou o Pimenta

"Não bambeia, aguenta
Sou Exu Pimenta,
Vai arder nos olhos, compadre,
Na boca e nas ventas"

São duas bandas, a clara esta claro, a escura é mais perto da sua carne. É a
esquerda, o dark side, o mensageiro da terra que mostra o que escondemos, uma camada abaixo da pele.

Ninguém gosta do reflexo do espelho, só queremos sossego e água fresca; gritamos pelo que nos é direito, sem compreender o que ensina o esquerdo dos exus e das pomba-giras mostrando o que se esconde além das aparências.

" Duas pernas, dois pés,
Dois braços, duas mãos,
Dois ouvidos, uma boca;
Presta atenção:
São dois olhos para ver
Mas apenas um coração."

Sim, é de dar medo, mas medo da nossa própria ignorância de não conseguir compreender que a escuridão é apenas a ausência da luz. É ignorar os arquétipos; é achar que uma coisa é apenas uma coisa, quando tudo nesse plano é o Eterno manifestado nos dois arcanjos: é Gabriel e Lucifer; é o capeta e o Divino; é o redemoinho do Guimarães Rosa; é da flor o espinho. É Shiva com seu tridente, é Ganhesha na porteira, então olha a ventania, garoto, trazendo a Força da Esquerda.

" É preciso muito respeito para lidar
com essa força e compreender
o Divino trabalhando
na dimensão das dores."

É a lição do espinho, mas também é flor; as revelações arrancam lágrimas das nossas fragilidades, mas também solidificam a nossa vontade; é o falo ereto, é sensualidade, é nego caindo, mas também é dança, pois depois do choro da verdade, menino, vem a alegria da magia da Maria Mulambo. Lá vem as mulheres da rua mostrando o mundo como é, na ambigüidade da realidade, testando a sua fé. No chacoalhar da Cigana, na gargalhada da Pomba-gira Rainha que o macho se revela uma menina.

Por isso lhe aviso, neófito espiritual, esse estudo da esquerda é um assunto
sério, não seja leviano ao lidar com esse mistério.

Se quiser se aventurar pelo estudo das duas bandas, não precisa ter medo, basta apenas ter respeito tanto pelo que é direito quanto o que é esquerdo.

A direita não se sustenta sozinha nesse plano, tudo é Ying e Yang, meu amigo, não alimente engano, pois é no exu se revelando e na pomba-gira bailando que a verdade surge e descobrimos que o que trancava nossas ruas não era o inimigo, mas apenas a ignorância de que dentro de nós habita eternamente a luz e a sombra dançando.

♦️♣️♠️♥️
Sintam o Matnis
Professor Frank Oliveira

 

quinta-feira, julho 25, 2024

Dia do Escritor

Já pensei em desistir de escrever, mas não gosto de ponto final. Sonho em me tornar um escritor, sonho com o dia em que receberei por palavras escritas (não precisava ser muito), sonho que meus manuscritos se transformam em livros expostos nas vitrines das livrarias do meu ego; sonho e sonho, mas continuo escrevendo por prazer, por que quando escrevo, percebo que estou lá por inteiro, mesmo que eu não receba dinheiro.

Não consigo parar, nem mesmo quando recebo de volta a carta que enviei com o manuscrito que jurava que se tornaria um novo best seller. Não consigo parar, nem quando recebo a mensagem de um leitor furioso criticando cada linha e me acusando de ser assassino da língua portuguesa.

Não consigo parar, porque as frases jorram naturalmente e exigem manifestação. Sou um médium da criação, psicografando meu coração que não cala, e diz que não tenho opção a não ser escrever, descrever e narrar.

Escrevo por que adoro a festa do texto terminado, da crônica perfeita, da poesia mambembe montada, da sopinha de palavras que vira picanha declarada.

Escrevo por que há uma força maior guiando meus dedos, minhas mãos na busca do titulo certo que abre o show da banda das palavras. Força maior que se chama inspiração, mas poderia se chamar apenas prazer de escrever.

Escrevo por que se houver ao menos um leitor, minha missão estará cumprida, a tarefa das palavras terminada. 

Se houver ao menos um leitor, minha função como escritor estará realizada.

Frank Oliveira
Escritor e Eterno Aluno das Letras

quinta-feira, junho 27, 2024

O Eremita e o Menino


Um dia um menino subiu uma montanha 
E lá no alto
Encontrou uma caverna 
E dentro dela
Viu um velhinho 
Que havia se esquecido 
Que um dia 
Tinha ido dormir menino
E acordou envelhecido 

O menino perguntou ao velhinho 
Por que ele continuava na caverna 
O velhinho respondeu:

Para não sofrer 
Esqueci o que é chuva 
Esqueci o que é sol
Para não amar 
Esqueci o que é lua
Minha estrela brilha só 

E o menino, insistente como qualquer criança curiosa 
Vendo aquela figura idosa
Dessa vez, fez uma sugestão:

Por que o senhor não sai daí 
O mundo continua lá fora 
Esperando seu Sentir
Tem dia alegre, tem dia triste 
Mas também tem brigadeiro e quindim 

O Velho deu risada
E percebeu que a Sabedoria que buscara
Quando se eremitou 
Finalmente chegara
Naquela criança 
Que ele Desconfiava 
Era ele mesmo
No Milagre Divino
De alguém que dormiu velhinho 
E acordou de novo menino

quinta-feira, junho 06, 2024

O Segredo da Criação


_*Brahma*_
Construir é um processo de amor
Não se pode ter pressa
Uma flor não desabrocha antes do tempo
Criação não é apenas o nascimento de uma ideia
Uma inspiração
Fazer o jardim e plantar as sementes
Ou a entrega
Um jardim florido com rosas e flores sendo oferecidas para as abelhas néctarem
Criação é gestar (Parvati/Saraswati)
A Gestação é um processo solitário 
Mas essencial para honrar a inspiração
E a entrega
A Gestação é organização
Repetição
Devagar, mas constante
Para que a criação tenha força para se manifestar
Se nutrir
Se fortalecer para Servir


_*Shiva*_
Quem cria flerta perigosamente com a destruição
A falta de paciência
O desejo de um resultado prematuro
Leva a destruição da criação que está sendo gestada 
O planejamento precisa ter um objetivo: o Servir
A administração precisa ter um valor: a prosperidade para quem recebe e quem serve
Mas, muitas vezes, por não termos amor a gestação (que é solitária, confusa, estressante e demanda tanto de nós), a criação corre o risco de ser destruída, boicotada, sabotada e interrompida, por pularmos etapas
Quem cria, precisa sentir que esse flerte com a destruição é natural (Mata Kali, Jay Durga), mas pouco a pouco, ressignificar essa força e compreender que ela, na verdade, não é destruição, e sim transformação; pois é justamente nessa fase de gestação que tudo se transforma, se corrige e se ajusta para o parto. E o parto da flor é crescer fortemente seu tronco para dar de conta da delicadeza de suas pétalas. E essa gestação só se sustenta pelo amor.


_*Vishnhu*_
É o amor pelo nosso projeto, pelo nosso jardim, que permite a manifestação da criação e se essa tríade seguir naturalmente todas as suas fases, o que temos para oferecer ao mundo coincidirá com o que o mundo deseja receber, ou seja, as abelhas estão esperando por sua flor, por sua rosa, pelo seu Servir. Porém, as abelhas, assim como a Musa da Prosperidade (Lakshimi) são caprichosas e exigentes, elas não visitam qualquer jardim ou recebem de qualquer mão – o perfume, a vibração e reverberação de quem cria com amor, exala pelo ar, a fragrância da sincronicidade. Sem esse aroma, atraímos para a nossa arte, quem não sabe dar o devido valor que ela merece que é a sua prosperidade.

*Om*
🕉️

quinta-feira, maio 30, 2024

Corpus Christi Vida


Pão e Água 
Corpo e Sangue 
Corpo Amor
Sangue Vida
Pão Força Celestial
Que alimenta a Alma
Sangue Água 
Que faz viver a Vida
Corpus Christi 
Sintam
Matnis
O Milagre do Corpo de Jesus
A Benção do Sangue de Maria
Salve o Amor
Viva a Terra
Sintam
Deixem seus ouvidos
Sentirem
Os sons das palavras: Paz, Alegria e Saúde
Paz
Alegria
Saúde 
Esse é o Corpo Crístico 
Do Senhor 
Da Senhora 
No mais puro
Amor 
Em Fé
Em Entrega
A cada um de vocês 
No Seu Sentir
Matnis
🙏🏽

sábado, maio 11, 2024

Caramelo


- Mas é só um cavalo...
 
- Não, senhor. É um cavalo equilibrando-se no espaço mínimo de uma cumeeira, para não morrer. É um cavalo que lutará até o último fôlego antes de se curvar às águas. É um cavalo que ainda espera um pouco de pasto. 

Veja os cascos dele, os músculos tesos, a cauda pensa – tudo imobilizado para poder viver. Sinta a energia guardada dentro dele. Quase se vê nela sua lembrança e esperança de um campo. 

Veja sua imagem multiplicada pela cidade, pelo país, pelo mundo.
E veja, mas veja mesmo, que o salvaram, que o sedaram, que o protegeram no embarque, que o deitaram no bote, que o levaram dali, que o reanimaram no seco, que o afagaram e o alimentaram. 

Essas imagens todas pairaram acima das águas e dos maus sentimentos, imagens de um cavalo salvo, vejam só, pela dedicação humana. Nosso reino salvo, naquele instante, por um cavalo. 
Para ser tão especial, ele só teve que ser um cavalo querendo viver, resistindo em sua própria barca às penas do dilúvio. E segue agora tendo o nome doce que alguém lhe deu, um nome a que deve atender, quando o chamem: Caramelo.

Por Alcides Villaça

AmazingCounters.com
Overtons Marine Supply